Depois que comecei a levar minha filha pra médicos, clínicas de reabilitação e lugares que encontro pessoas com deficiências físicas e mentais, aprendi muito.Nos primeiros meses fiquei chocada e deprimida, não digo que as vezes isso ainda não aconteça, mas com o tempo agente vai aceitando e se acostumando a ver essas situações, que fazem agente sofrer pela situação que estamos vivendo e pela situação que outras pessoas vivem.Mas uma coisa é certa; pessoas deficientes não precisam de palavras como: Coitadinho; Oh que pena! ; Que dó!...Não nada disso, pelo amor de Deus. O mundo deles é diferente sim, mas essas pessoas também são gente. Não esqueçam nunca disso!Os que não caminham e precisam de alguém que os conduzam ou auxiliem. Os que não falam e não ouvem precisam de alguém que de alguma forma procurem se comunicar com eles. Quem não enxerga também precisa de alguém que lhes guiem, e assim todos os que necessitam de ajuda ou pra se locomover ou falar, ouvir e enxergar; são diferentes, mas tem que ser tratados com respeito e dignidade. Conheço crianças que apostam corridas de cadeiras de rodas nos corredores dos lugares onde fazem tratamento, enquanto esperam seus horários de atendimento; riem, jogam, brincam, conversam, esse é o mundo deles, é diferente? É; mas o que se deve fazer? Respeitar as diferenças, e não achar que deveria ser igual agente; ajudar sim, tentar reabilitar, conquistar melhoras, torná-los o mais que puder independentes, sim: mas jamais, julgar-se melhor por poder fazer o que eles não conseguem.
Eva Paiva( minha mãe)
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